sábado, 20 de setembro de 2008

ARTE E TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO

EMOÇÃO 4.0
Este texto tem por finalidade tecer comentários sobre a exposição “Emoção art.ficial 4.0 – Emergência”, o qual a turma da Pós Graduação em Práticas e Vertentes visitou. A mostra reúne dezesseis obras vindas de onze países, entre eles México, Áustria, Bélgica, Coréia e França. A exposição das obras se encontra no Itaú Cultural, situado na Avenida Paulista 149. Site www.itaucultural.org.br


Já passamos para o segundo milênio, 2008, época em que podemos observar, sem estranheza, o antigo e o moderno conviver em situações “semelhantes”. O moderno nos apresenta o antigo com suas tecnologias, ou seja, podemos acessar qualquer parte do mundo em questão de segundos via internet, mesmo que ainda existam povos que a isso não conheça tão bem quanto muitos de nós, ou às vezes nem conhecem.
A geração interconectada trouxe consigo o consumismo que iguala pessoas de quase todo o mundo quanto à forma de se vestir, de se expressar, de curtir “baladas” etc.
Há pouco tempo tivemos artistas e poetas que já previam esse futuro globalmente futurista (futurismo, dadaísmo, cubismo, surrealismo etc.). Onde se falava sobre a velocidade das coisas, onde poetas como Fernando Pessoa que auto multiplicava-se em heterônimos, e um de seus heterônimos, Álvaro de Campos, já falava sobre a velocidade das coisas, já falava sobre tecnologias avançadas para sua época.
Hoje a arte e a tecnologia se interagem compondo-se e descompondo-se. Vemos arte presente nas praças, edifícios, muros, e até nas pessoas que se tatuam ou buscam estilos de vida alternativa.
No mundo tudo se cria a partir de um exemplo, de uma sugestão visual em qualquer lugar do mundo real ou virtual, ou ouvida de alguém uma palavra que cause espanto, ou ainda sobre qualquer sentido individual.
Arte é espanto, meditação ou o belo que se faz aos olhos sensíveis.
Uma vez que vivemos uma era em que tudo se faz veloz por causa das avançadas tecnologias, então porque não usá-la como instrumento para a arte? Para promovê-la junto à sociedade, principalmente a estudantil?
Hoje o aluno consegue interagir-se mais com a tecnologia do que muitos professores vanguardistas, ou seja, nós, professores interagimos nosso saber com o saber dos alunos.
Os jovens, e também muitos vanguardistas, já sabem que o mundo está evoluindo a cada minuto, a cada segundo e aproveitam essa globalização para expor idéias fantásticas: encontramos textos que são verdadeira obra de arte feito pelos internautas não conhecidos no meio acadêmico, não só textos, mas também histórias em quadrinhos, montagem de fotos etc..
A era tecnológica não pode separar-se da arte, mas incluí-la, ou seja, a tecnologia não veio para excluir, mas incluir.
A exposição “emoção art.ficial 4.0”, vem exatamente nos mostrar a mistura dessas idéias nas artes contemporâneas, onde artistas e admiradores contemplam juntos a arte tecnologicamente contemporânea, o artista faz com que as pessoas se interajam com suas obras. Hoje o admirador desta arte não só a admira, mas “veste-a” por assim dizer, pois é algo que vai além da apreciação, é envolver-se, sentimentalizar-se, absorver as informações ocultas: o que o artista quis dizer com este ou aquele quadro; com esta ou aquela figura ou objeto.
Na era clássica admirávamos a arte de longe, sem nos envolvermos, era tão somente contemplação, hoje com a arte contemporânea vivemos em completa interação com a obra. O apreciador, além de visualizar a exposição, e neste caso “Emoção art.ficial 4.0 – Emergência”, interage com ela a partir do momento que com seu movimento através das obras expostas vai sutilmente mudando a “paisagem” desta obra, lentamente o “jardim virtual” vai tomando novas formas. Encontramos o auditivo: músicas ou barulhos que o mundo virtual pode desenvolver no sentido real.



Um comentário:

Enio MoraesJúnior disse...

Oi Sônia e Marcos! Adorei o "Horizontes", muito bom. Mas vale a pena dar uma revisadinha nos demais textos, que tb são bem criativos. Como exercício o blog de vcs está funcionando muito bem e sugiro que após a disciplina cada uma tenha e mantenha o seu próprio blog como "extensão" pessoal e como recurso didático. Bons alunos como vcs merecem sempre bons desafios, não é?